quinta-feira, 1 de julho de 2010

Historia de São Josémaria Escrivá
Filho de José Escrivá de Balaguer Corzán e de Maria de los Dolores Albás y Blanc, Josemaría era o segundo filho mais velho num total de seis. Passou a sua infância em Barbastro, na província de Aragão, Espanha, onde fez os primeiros estudos no colégio dos Padres Escolápios. Quando tinha doze anos, o negócio do seu pai faliu e, com os seus pais e a sua irmã mais velha, foi viver para Logroño, La Rioja. Inicialmente, Josémaria planeava estudar arquitectura. Mas, num dia de inverno, um acontecimento veio a mudar a sua vida: enquanto caminhava, cruzou-se com um carmelita, que andava descalço pela neve. Esse episódio tocou-o muito profundamente, e pouco tempo depois tomou a decisão de abraçar o sacerdócio.
As ordens menores de 'Ostiário" e de "Leitor" lhe foram conferidas pelo Cardeal Soldevila em 17 de dezembro de 1922. O "subdiaconado" foi-lhe conferido por D. Miguel de los Santos no dia 14 de junho de 1924, na igreja do Seminário de São Carlos e das mãos do mesmo D. Miguel e na mesma igreja em 20 de dezembro de 1924 recebeu a Sagrada Ordem do Diaconado.
Recebeu a ordenação sacerdotal em Saragoça, na igreja de São Carlos, no sábado de Têmporas, a 28 de Março de 1925, conferiu-lhe D. Miguel de los Santos Díaz de Gómara. A sua primeira missa celebrou-a na "Santa e Angélica Capela do Pilar de Saragoça", no dia 30 de março de 1925, às dez e meia da manhã, em sufrágio pela alma de seu pai, José Escrivá Corzán, que havia falecido no dia 27 de novembro de 1924.[2]
Iniciou a sua actividade pastoral em paróquias rurais, continuando-a posteriormente pelos bairros pobres e pelos hospitais de Madrid, onde realizou numerosas obras de misericórdia, e entre os estudantes universitários. Nessa época exerce o cargo de capelão do Patronato de Enfermos.
Fundação do Opus Dei
A 2 de Outubro de 1928, então festa dos Santos Anjos da Guarda, durante uns dias de retiro espiritual em Madrid, na Casa Central dos Lazaristas, na rua Garcia de Paredes, vê [3] o Opus Dei, que pode ser definido como um caminho de santificação no trabalho profissional e no cumprimento dos deveres ordinários do cristão, e, a partir deste momento, dedica grande parte da sua actividade a promover esta procura cristã de identificação com Jesus Cristo, preferencialmente trilhado no mundo, na vida quotidiana, através do exercício do trabalho profissional e do cumprimento dos deveres pessoais para com Deus, a família e a sociedade, por cada indivíduo, actuando assim como um fermento de valores humanos e cristãos em cada ambiente onde estiver inserido.
Se, até então, a moeda corrente era a de que "se queres ser santo, entra para um mosteiro ou convento", Escrivá veio relembrar que a Igreja ensinava que todos os cristãos tinham a obrigação de lutar por serem santos e que o chamamento à santidade é para todos sem distinção: leigos e religiosos.
Com efeito, em carta de 6-V-1945, escrevia: Concebia-se o apostolado como uma acção diferente - distinta - das acções normais da vida corrente: métodos, organizações, propagandas, que se incrustavam nas obrigações familiares e profissionais do cristão - às vezes, impedindo-o de as cumprir com perfeição - e que constituíam um mundo à parte, sem se fundirem nem se entretecerem com o resto da sua existência.[4]
Monsenhor Escrivá de Balaguer é considerado por muitos como um percursor do Concílio Vaticano II, que teria início mais de trinta anos depois, ao atribuir um papel preponderante ao cristão comum no trabalho de evangelização da sociedade. Durante o período imediato do pós-guerra na Espanha, crescem as incompreensões por parte daqueles que não entendem o "chamamento universal à santidade" pregado pelo Fundador do Opus Dei. Por essa razão, o Opus Dei e o fundador foram várias vezes vítimas de calúnias por parte de pessoas que não compreendiam o espírito da organização, bastante progressista para o seu tempo. Efectivamente, enquanto apresentava os moldes essenciais do Opus Dei na Cúria Romana, um Cardeal disse-lhe que "tinha chegado com um século de antecedência".
A partir de 14 de Fevereiro de 1930, esse apostolado foi estendido às mulheres. Em 1933 é aberto o primeiro centro do Opus Dei, a Academia DYA, destinada principalmente a estudantes de Direito e Arquitetura. A Academia transforma-se numa residência universitária onde S. Josemaria e os primeiros membros vão difundir a mensagem do Opus Dei entre os jovens; simultaneamente realizam catequese e atendimento aos pobres e doentes dos bairros periféricos de Madrid, de tudo é mantido informado o bispo de Madrid-Alcalá D. Leopoldo Eijo y Garay que dá a sua aprovação. Nesta época publica Considerações espirituais, precursor do livro Caminho.
Desde de 1931 vinha assistindo aos retiros da "Congregação de São Filipe Neri de leigos servos dos doentes do Santo Hospital Geral de Madrid" e, no domingo anterior ao dia 5 de abril de 1932, fez a profissão na Congregação que foi ratificada em 10 de junho de 1934, também conhecida como dos Filipenses e que se ocupava de atender aos doentes do Hospital Geral de Madrid (hoje Centro cultural Rainha Sofia). A finalidade da Congregação era a prática da caridade com os doentes, "contemplando em cada um a imagem viva de Cristo, pela reflexão de que Sua Majestade diz que recebe em Si mesmo quanto se faz por eles, e oferece não menor prêmio do que o da sua eterna glória."[

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